Esportes – 08/02/2010
Contando com 70 equipes, assim aconteceu durante todo o dia de domingo, o 30º torneio de futebol suíço do Distrito da Picadinha, e mais uma vez o que prevaleceu foi à organização, a disciplina e principalmente a confraternização entre todos os presentes no evento, que seria um público estimado em mais de três mil pessoas.
Independente da equipe Erva Mate Caseira que conquistou o titulo deste ano, Nilson Lago Decian, o “Urubu”, um dos coordenadores do torneio disse que a cada ano que passa aumenta a participação das equipes, inclusive neste ano muitas delas vieram de cidades longínquas, como de Aral Moreira e até mesmo uma do vizinho Estado do Paraná. “Aqui verdadeiramente as nossas famílias trabalham incansavelmente para atender a todos que comparecem no nosso torneio. Estamos trabalhando desde às 3 horas da madrugada para deixarmos tudo certinho para nossos visitantes amigos”, disse “Urubu” acrescentando que para o ano que vem espera contar com a participação de todos.
Já Claudemir Barbosa Machado, o “Machadão”, atleta da equipe dos Dinossauros, apontada como a mais velha em termos de idade, que seria de 55,5 anos, conta que participa do torneio há mais de 15 anos, tanto como atleta como visitante, no entanto, ele entende que vale apena passar o domingo inteiro na Picadinha. “Isso aqui é um paraíso para a gente e para nossas famílias”, disse “Machadão” apontando para um grupo de crianças que se deliciavam na cancha de sabão instalada entre meio a vários brinquedos para elas.
Geremias de Mattos, o “Queijo” e sendo o mais idosos dos atletas dos Dinossauros, com 64 anos, disse que se sente muito feliz em estar ainda jogando futebol e que o torneio da Picadinha é sem duvida alguma um dos melhores eventos esportivo da Grande Dourados. “Enquanto puder estar jogando minha bolinha vou jogando, porém, quando não der mais, vou vir aqui para passar o dia com minha família e com meus amigos”, disse o atleta.
Em contato com a reportagem o motorista Vanderlei José Santana, o “Vandão”, disse que perdeu o pique para jogar como nas décadas de 60 e 70, mais mesmo assim de vez em quando joga entre amigos com a sua ou mais idade.
Com relação ao torneio da comunidade da Picadinha, “Vandão” disse que teve de ir até Maracaju para levar sua filha para trabalhar na delegacia de Polícia Civil (Ela é escrivã) e de lá foi direto para o local do evento. “Sem duvida nenhuma, esse evento esportivo é o local aonde as famílias se encontram” disse ele.
Procedente de Aral Moreira, Eduardo Molinas, o “Sapinho”, é um dos atletas da seleção de sua cidade, que inclusive se prepara para participar da Copa Morena deste ano. Em entrevista “Sapinho” conta que esta foi a 5ª vez que a seleção de sua cidade participa do torneio da Picadinha. “Saímos de lá às 4h30, mais vale a pena, porque aqui se sentimos bem e o pessoal nos trata muito bem. Ganhar o titulo para nós é o que menos importa”, disse o atleta.
Também presente, o deputado Estadual Zé Teixeira diz se sentir em casa quando prestigia o no evento. “Passar algumas horas aqui com esta comunidade é muito bom. Aqui todos se sentem em casa e a confraternização é salutar para as famílias, claro, independente dos resultados que cada equipe conquiste. Sempre colaborei no sentido de ver festa em alta”, disse o deputado ladeado de um grupo de amigos e assessores.
Finalizando, Enildo Zanon, o “Rato”, um dos cabeças da organização do torneio, diz que o trabalho é cansativo, no entanto, muito gratificante, e o sucesso é tanto, que a cada ano que passa, aumenta o número de participantes, assim como a responsabilidade deles. “Aqui mais de 50 pessoas estão empenhadas para que tudo ocorra dentro do planejado por nossos coordenadores. Aqui preparamos os churrascos, as bebidas, a área de lazer para as crianças, enfim, nos dedicamos o dia inteiro e parte da noite para que tudo ocorra bem”, disse “Rato” agradecendo o apoio da Polícia Militar de Dourados, da Polícia Rodoviária Estadual, da Guarda Municipal, dos árbitros, da imprensa, enfim, de todos que participaram da festa da comunidade. “Ano que vem se Deus quiser, haverá mais uma, se Deus quiser e ele vai querer”, disse o coordenador.
Fonte: Waldemar Gonçalves – Russo
