Cidade – 19/04/2010
A Dança de Guerra dos Terena foi o ponto alto das comemorações alusivas ao Dia do Índio na Reserva Indígena de Dourados que paralisou suas atividade para comemorar a data.
Em vários pontos da Reserva onde estão situadas as aldeias Jaguapiru e Bororó várias manifestações foram realizadas lembrar a data. Na Escola Municipal Tengatui Marangatu uma solenidade cívica foi realizada com a presença de vereadores e do prefeito Ari Artuzi (PDT). O ex-prefeito Laerte Tetila, antigo militante das causas indígenas também participou do evento.
Ao lado do Posto Indígena da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) uma churrasqueira de mais de dez metros foi feita num buraco cavado no chão. Três vacas foram assadas para os índios.
Um grupo de índios Terena estava festando numa igreja ligada a Missão Evangélica Caiuá. Eles dançaram e cantaram para turistas vindos do Rio de Janeiro.
Vestidos e armados como se fossem para uma guerra crianças e adultos Terenas dançaram a Dança da Guerra. Durante vinte minutos eles dançaram ao somo de tambores e flautas encerrando a apresentação com o grito de Vitória dado para uma criança.
No final de semana os índios das três etnias participaram do Seminário Direitos Humanos dos Povos Indígenas organizado pela secretaria Municipal de Assistência Social com a participação das principais lideranças indígenas de Dourados.
Durante dois dias, foram discutidos os principais problemas enfrentados pela comunidade indígena, ao mesmo tempo em que foram apresentadas sugestões de propostas que garantam os direitos dos índios para serem encaminhadas aos órgãos competentes.
Entre os assuntos do Seminário Direitos Humanos dos Povos Indígenas, foram debatidas questões ligadas ao cotidiano da comunidade guarani-kaiowá e terena, como a agricultura familiar, programas sociais, direito previdenciário e saúde indígena.
De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Mato Grosso do Sul, Fernando Souza, o evento serviu como um espaço de debate, de discussão da comunidade para mudar a realidade nas aldeias, o que faz necessário a participação de todos nesse processo.
Fonte: Nicanor Coelho, de Dourados