A mulher de 27 anos que estava com o passageiro que caiu do navio “MSC Preziosa”, a aproximadamente 40 km da costa de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, alega que horas antes do incidente, ele teria enviado mensagens a um amigo expressando a intenção de causar-lhe danos.
Carlos Alberto Mota Candreva, de 32 anos, caiu do cruzeiro na madrugada do último sábado (30/12) e, desde então, está desaparecido. As operações de busca realizadas pela Marinha entraram no terceiro dia nesta segunda-feira (1º/1).
“Enquanto eu estava no banheiro, Carlos pegou meu celular. Eu nem sabia que ele tinha a senha. Ao ver minhas conversas com outros homens, ele tirou prints e compartilhou com amigos, indicando que estava pensando em me machucar. Ele tinha a intenção de me prejudicar”, relata Vitória Bárbara Momenso. A veracidade das mensagens foi confirmada por pessoas próximas a Carlos.
Vitória esclarece que não mantinha um relacionamento sério com Carlos e que a relação entre eles era casual, caracterizada como “ficantes”. Por essa razão, ela argumenta que ambos tinham o direito de se envolver com outras pessoas. Contudo, Carlos, mesmo nesse contexto, manifestava ciúmes e insistia em ter um relacionamento exclusivo.
“Ele sempre dizia que eu não me importava com ele, que eu não reconhecia as coisas que ele fazia por mim. Ele fazia questão de trazer isso à tona”, relata Vitória. “Pouco antes de ele cair, próximo ao show de Alexandre Pires, ele quis retomar essa discussão. Eu pedi: ‘Por favor, vamos aproveitar o cruzeiro’.”
Vitória Bárbara afirma que as últimas palavras de Carlos antes de se jogar foram: “Você duvida?”. Apesar de pessoas estarem por perto, ninguém reagiu a tempo. Ela estava próxima à escada e não conseguiu alcançá-lo. A situação se desenrolou rapidamente.
O encontro entre Vitória Bárbara e Carlos Alberto ocorreu há cerca de dois anos, em uma balada de São Paulo. Desde então, eles se encontravam ocasionalmente. Segundo Vitória, a personalidade de Carlos mudou ao longo do tempo.
“Carlos era uma pessoa radiante, alegre. No entanto, com o tempo, essa luminosidade desapareceu. Ele afirmava que tudo em sua vida estava bem, exceto na esfera. amorosa, pois desejava conquistar-me. O objetivo de sua vida era que eu fosse sua namorada. Ele fazia o possível e o impossível para alcançar isso”, diz Vitória.
Ela menciona que, anteriormente, Carlos já havia expressado interesse em tirar a própria vida e estava em tratamento com um psicólogo.
A família de Carlos Alberto responsabiliza Vitória pelo incidente. De acordo com a irmã dele, a mulher é manipuladora e se aproveitava financeiramente da situação.
“Carlos estava praticamente falido. Ela o explorava financeiramente. Ele custeou a viagem, pois era um sonho dela. Ele surtou. Ela nunca admitirá isso, mas ela é responsável pelo que aconteceu. Ela não o jogou, mas foi ela quem o levou a esse ponto”, afirma Christiane Mota. “Quando ele viu aquelas mensagens, a raiva era tão intensa que ele queria fazer algo louco”, completa.
Da redação do Acontece na Bahia
