Política – 05/05/2010
O vereador Marcelo Barros (DEM) quer o tombamento da feira livre como patrimônio da cultura de Dourados e para tanto apresentou projeto de Lei nesse sentido na última sessão da Câmara de Vereadores. A proposta, recebida com alegria pelas pessoas envolvidas com esse comércio tradicional da cidade, inclusive o secretario de Indústria e Comércio do município, deverá ser apreciada e aprovada pela Câmara de Vereadores dentro de um mês.Os feirantes têm merecido o apoio do vereador democrata por diversas ocasiões. Pedidos de reformas, discussões a respeito da localização da Feira Central de Dourados e uma série de outras discussões sempre contaram com o apoio do vereador Marcelo Barros. Além disso, grande parcela da população que utiliza a feira tem pedido insistentemente para que ela permaneça no local onde funciona hoje.Em razão disso, além de outros aspectos, o vereador apresentou projeto de lei para tombar a Feira Central de Dourados, localizada na Rua Cuiabá e já uma tradição da cidade, como patrimônio cultura atendendo as determinações de legislação federal nesse sentido, conforme defendeu Na Justificativa para apresentação do Projeto.Existem, espalhados pelo País, uma infinidade de patrimônios culturais e artísticos protegidos da ação do tempo e das próprias administrações que às vezes não manifestam interesses por questões arraigadas na mente do Nosso povo, lembra Marcelo alegando que a Feira Central de Dourados existe no local onde está funcionando hoje bem antes que eu nascesse, prova de que mesmo contrariando manifestações dos contrários, é um local que facilmente pode ser considerado patrimônio histórico.Como exemplo de que a Feira è um patrimônio cultural e histórico, Marcelo Barros citou outros tombamentos como o modo artesanal de fazer o queijo de Minas Gerais, as rendas irlandesas de Sergipe e as violas do cocho da região Centro-Oeste; o frevo e o samba de raiz; a capoeira e o jongo do Sudeste; a Feira de Caruaru de Pernambuco e a cachoeira de Iavaratê no Amazonas; o Círio de Nazaré em Belém do Pará; o ofício das baianas de acarajé, na Bahia e o das paneleiras de Goiabeiras, no Espírito Santo.São manifestações em todos os cantos deste Brasil, segundo Marcelo Barros que justificam uma iniciativa desta natureza aqui em Dourados e notadamente com um evento que serve como atração turística de quem nos visita, funcionando como marco e referência na cidade.Muito embora o apoio dos vereadores tenha sido manifestado, o projeto ficará em suspenso por três sessões para só depois voltar À pauta de votação área deliberação, informou o vereador. Marcelo, entretanto, acredita na aprovação do projeto de Lei pois além de receber o apoio de vários segmentos da sociedade a proposta vai beneficiar os feirantes uma vez que tombada como patrimônio histórico, a Feira Central da Rua Cuiabá passará a contar com investimentos financeiros do Governo Federal e com cuidados mais freqüentes por parte da administração municipal, uma vez que a legislação que trata do assunto prevê esse tipo de comportamento.Todos sairão ganhando com esse projeto. Nós, que manteremos uma tradição de nossa cidade viva pelo resto da vida, e os feirantes que terão o poder público interessado e cuidando de melhorias constantes na infra-estrutura do local, concluiu Marcelo Barros.
Fonte: Folha de Dourados