José Henrique Marques –
No início da semana passada fui “intimado” pelo amigo das antigas de Dourados, dos anos 80 e 90, Lupércio Marques, a comparecer na 1ª Feijoada do Clube de Imprensa de Mato Grosso do Sul, realizada em Campo Grande, no sábado (1). A entidade é presidida por ele e da qual sou vice-presidente. Afinal, não pude comparecer em duas promoções anteriores. Três faltas eram demais!
Lupércio tinha razão. O clube idealizado por ele e que reúne dezenas de veículos de comunicação de Campo Grande e do interior do Estado foi criado para congregar a imprensa estadual. Em nossa estressante atividade é importante confraternizar, conhecer gente, bebericar umas e comer bem, enfim, divertir. Faz parte do métier. As atividades sociais urgem a participação dos associados, principalmente da diretoria.
E aquele sábado foi muito agradável. Disposto a tomar umas canecas de chopp (open, do Dom Fiorelo), convidei outro amigo das antigas, Hélio Botelho, (trabalhamos, inclusive, por muitos anos juntos na sucursal da TV Morena) para dirigir para mim. Helinho nunca gostou de beber. Parceiro perfeito para tipos, outrora boêmios, como eu. Ao anoitecer, estávamos de volta a Dourados com toda a segurança e com meu avariado joelho direito preservado, sem a necessidade de pisar no acelerador. Lupércio tinha razão, voltei com a cabeça arejada. Dia perfeito.
A saborosa feijoada completa, acompanhada de arroz branco, couve refogada e aquela pururuca que você só encontra lá, foi realizada nos dois ambientes no Éden Lounge Bar, nas proximidades da Câmara Municipal de Campo Grande. Pensa num local aconchegante!
A festa foi animada pela dupla Kareca Santos (teclados e voz) e Cheirinho da Bahia (trompete), ambos da Banda do Sarau, além de Paulinho Manassés e Banda e Thurma do Pagode de Campo Grande.
Não pude rever Lupércio incorporando o “DJ Lupa”, que depois de conduzir a produção da festa, assumiu os trabalhos de palco à tardezinha e adentrou a noite com o melhor do flashback. Decerto, naquele ambiente fraterno e acolhedor, a performance seria abrilhantada com Maurício Rasslan e Evandro Rosa. O trio (Lupa, Bibico e Evandro) fez história em Dourados.
Por volta das 15 horas, eu e Helinho iniciamos o caminho de volta, depois de trocar informações, debater política e gargalhar com alguns ícones da imprensa de Campo Grande, como Nilson Pereira, Bosco Martins (presidente de honra do Clube) e Dimas Braga, e também compartilhar a mesma mesa com o conterrâneo Waltinho Carneiro (ex-presidente da Sanesul), o presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Henrique Medeiros, o empresário Eduardo Rosseti (Chopp Dom Fiorelo), o proprietário do Éden Lounge Bar, Fabiano Xaxá, com Luis Henrique Ojeda (um dos patrocinadores do evento), entre outros agradáveis convivas de Campo Grande, Dourados etc.
Também naquela tarde revi a companheira Elma Tania, assessora do deputado federal Vander Loubet que, semana antes, me recebera com muita cordialidade e simpatia em seu ambiente de trabalho.
Senti as ausências de dois amigos douradenses que há anos vivem em Campo Grande e Bonito: Raufi Marques e Afonso Rodrigues Júnior, o Afonsinho. Naquele dia, Raufi estava envolvido com evento de sua igreja, mas cheguei a falar com ele através do telefone do Lupércio; Afonsinho, atarefado, em compromissos profissionais, não pode comparecer.
No retorno, durante boa parte do trajeto da BR-163, entre Campo Grande e Dourados, inspirado pela organização e o clima prazeroso da festa, rebobinei na minha mente memórias de 40 anos atrás.
Conclui que o sucesso da I Feijoada do Clube de Imprensa de Mato Grosso do Sul é consequência da experiência que Lupércio Marques adquiriu desde a adolescência quando, ao lado dos irmãos Raufi e Clodoaldo, animavam a juventude douradense com as “paqueras na avenida”, para poucos anos depois virarem empreendedores com badaladas boates (discotecas). Os meninos sempre foram trabalhadores. Eu vi! Sou testemunha.
Como mérito e colhendo frutos de todo o trabalho, Lupércio Marques embarcou já na segunda-feira seguinte (3) para Santa Catarina, onde desenvolve projetos em Balneário Camboriú. Voa, amigo, você merece.
Foi assim que ele se manifestou ao embarcar de Campo Grande:
