fbpx

Desde 1968 - Ano 56

20.2 C
Dourados

Desde 1968 - Ano 57

InícioColunista'Varoni no Casulo', por Elairton Gehlen

‘Varoni no Casulo’, por Elairton Gehlen

Elairton Gehlen – escritor –

Varoni é uma cachaça artesanal produzida em Três Lagoas pelo ex-empresário da construção civil Paulo Cesar Varoni e CASULO é um espaço de cultura e arte localizado à Rua Reinaldo Bianchi, 398, no Bairro Parque Alvorada em Dourados. O que uma coisa tem a ver com a outra? Nada, até o Show “Menestrada” do artista Maringa Borget começar no último sábado, pontualmente as oito horas e trinta e dois minutos da noite, com um pouco mais de meia hora de atraso, sem nenhuma reclamação, para um público quase intimista de vinte e poucas pessoas.   

'Varoni no Casulo', por Elairton Gehlen

A cachaça Varoni estava lá, no palco, devidamente acomodada no fundo de um balaio virado de boca para baixo, fazendo parte do show, literalmente. É que o artista precisa molhar a garganta e água serve só para isso, mas a ‘mardita’ irriga os pensamentos e inspira umas conversas a mais entre uma música e outra e pelo tanto que era bebericada dava para ver que era de boa qualidade! Se o produtor ainda não é patrocinador, deveria ser, a propaganda é boa e a bebida também, no final do espetáculo fui até o palco e provei: deu vontade de adquirir uma garrafa! 

No terceiro andar das arquibancadas onde me instalei para assistir ao espetáculo dava quase para sentir o cheiro da música. O espaço é muito bonito, com alguns móveis rústicos, arranjos de flores e objetos de arte, a presença dos artistas é quase um detalhe entre as cores das luzes que fazem um efeito maravilhoso em todo o ambiente, mas quando o show começa, aí logo se vê que valeu os R$45,00 do ingresso. Música brasileira de boa qualidade com canções autorais e interpretações de cantores consagrados da música popular, a viola, o violão de seis cordas, os instrumentos de percussão e claro, Maringa Borget tocando e cantando e encantando davam a impressão que o dinheiro investido no ingresso tinha se multiplicado. Se fosse possível monetizar emoções, eu diria que ficamos ricos em uma hora!  

'Varoni no Casulo', por Elairton Gehlen

Uma hora que passou assim: num estalar de dedos! Uma hora de canções, histórias, aplausos e risos. Uma hora que passou e o artista se despede para voltar em seguida porque o público pede “mais uma”. E o artista volta para cantar mais uma e mais cinco e o público começa a pensar que o show não vai mesmo acabar. Mas o artista se despede pra valer e o show que ia acabar não acaba, continua ali mesmo no palco com o público descendo das arquibancadas, conversando com os músicos, tirando fotos e até tomando uns goles da Varoni, afinal, a propaganda foi convincente! 

O show continua porque fora da sala de espetáculos está o pátio, dos espetáculos também. Metade do público se despede e vai para suas casas, outra metade fica porque tem um barzinho da dona Solange que é uma graça e tem um jardim onde estão várias mesas e os artistas se misturam ao público e do público surgem artistas e um novo show de cantorias começam para só terminar… não sei bem que horas, eu “só” fiquei até às três da madrugada e ainda nem paguei minha conta no bar da dona Solange porque ela fechou antes e foi dormir.  

'Varoni no Casulo', por Elairton Gehlen

Este texto parece propaganda do CASULO, e é, tem coisas que vale a pena divulgar. O simpaticíssimo casal Walter, que conheci sábado e Graciela, que não estava lá mas que conheço há mais de trinta anos, são os donos do local, merecem o elogio, também, a coordenadora dos eventos Júlia e toda a galera que cuida para que tudo fique bem e os convidados tenham um lugar bacana desses onde se pode levar a família sem medo. No local também funciona uma escola de artes, música e teatro e outros eventos, como A feira das Pulgas. 

- Publicidade -

ENQUETE

MAIS LIDAS