Capital – 22/04/2011
Em assembléia geral extraordinária realizada na noite de ontem (19.04), membros da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa, decidiram autorizar a diretoria da instituição a buscar o apoio de instituições visando a implementação de um modelo de gestão compartilhada. A ideia é reunir associações, sindicatos, conselhos, federações, clubes de serviço e especialmente os usuários do sistema SUS em um sistema de co-gestão.A proposta foi amplamente discutida após o presidente da ABCG Wilson Teslenco discorrer de forma detalhada a respeito da atual situação do hospital, que se encontra sob intervenção por decisão judicial. “A situação piorou muito desde que deixamos a direção da Santa Casa e a tendência é a de que piore mais ainda”, enfatizou ele, ao anunciar que as dívidas da instituição somam mais de R$ 100 milhões.“Está mais do que evidenciado que o problema do hospital, ao contrário do que ocorria quando a ABCG estava à frente da administração do hospital, é falta de gestão, e não de dinheiro”, argumentou. Além de envolver na administração do hospital entidades representativas da sociedade, a gestão compartilhada será desenvolvida de forma transparente.“Iremos publicar no site da entidade todas as contas do hospital, desde processos de licitação até os créditos e despesas realizadas”, explicou Wilson Teslenco. Segundo ele, a gestão compartilhada se assemelha à forma como o hospital foi criado.“Naquela ocasião, médicos, engenheiros, advogados, carroceiros e dezenas de outras pessoas se reuniram para transformar em realidade a construção da Santa Casa”, ressaltou, afirmando ainda que “hoje, esses mesmos segmentos serão convidados a, juntamente com a associação, se juntarem ao processo de reconstrução do hospital”.
Fonte: campograndenews
