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Teatro, que alegria, por Ilson Boca Venancio

Culturalmente Falando – 08/09/2011

Ilson Boca Venâncio
De todas as artes a que mais me apaixona é o teatro. Como já disse nesse espaço ela é capaz de envolver todas as artes.
O teatro que surgiu na Grécia Antiga era diferente do atual. Os gregos assistiam às peças de graça e não podiam freqüentar o teatro quando quisessem.
 Ir ao teatro era um compromisso social das pessoas. Os festivais de teatro tinham grande importância. Dedicados às tragédias ou às comédias, eles eram financiados pelos cidadãos ricos sendo que o governo pagava aos mais pobres para que estes pudessem comparecer às apresentações.
         Os festivais dedicados à tragédia ocorriam em teatros de pedra, ao ar livre, onde se escolhia o melhor autor, pois embora alguns atores fizessem sucesso, os grandes ídolos do teatro eram os autores.
As apresentações duravam vários dias e começavam com uma procissão em homenagem ao deus Dioniso, considerado protetor do teatro. A platéia acompanhava as peças o dia todo e reagia com intensidade às encenações.
No palco, os atores usavam sapatos de sola alta, roupas acolchoadas e máscaras feitas de panos engomados e pintados, decoradas com perucas e capazes de amplificar as vozes.
A partir do Império Romano que sucedeu a civilização grega, o teatro entrou em declínio. Os romanos preferiam o circo o qual na época era voltado para lutas entre gladiadores e animal.
No início da Idade Média, em 476, o teatro quase sumiu. A Igreja Católica, que detinha o poder, combatia o teatro, pois considerava pecado imitar o mundo criado por Deus.
Poucas manifestações teatrais parecem ter resistido nessa época. Apenas alguns artistas percorriam as cortes de reis e nobres, como malabaristas, trovadores (poetas que cantavam poemas ao som de instrumentos musicais), imitadores e jograis (intérpretes de poemas ou canções românticas, dramáticas ou sobre feitos heróicos).
No século 11, com o aumento da produção agrícola, o comércio se expandiu, cidades e feiras reapareceram e a população aumentou. O teatro reapareceu na Igreja.
Para divulgar seus ensinamentos, a igreja passou a usar recursos teatrais nas missas como diálogos entre o sacerdote e os fiéis. Surgiram então representações do nascimento e da morte de Cristo dentro da Igreja e fora dela.
O teatro, expressão das mais antigas do espírito lúdico da humanidade, é uma arte cênica peculiar, pois embora tome quase sempre como ponto de partida um texto literário (comédia, drama, e outros gêneros), exige uma segunda operação artística: a transformação da literatura em espetáculo cênico e sua transformação direta com a platéia. Assim, por maior que seja a interdependência entre texto dramático e o espetáculo, o ator e a cena criam uma linguagem específica e uma arte essencialmente distinta da criação literária.
Durante os espetáculos, o texto dramático se realiza mediante a transformação do ator em personagem. A literatura dramática não é um gênero, como outros, da literatura geral, pela indispensável presença e cooperação do público. Assim, o teatro é principalmente fenômeno social e, como tal, sujeito às leis e dialética históricas.
Por isso, não existe teatro em sentido absoluto, com normas permanentes, mas vários teatros, muito diferentes, de diversas épocas e nações. 
Nós aqui em Dourados nessa temporada estamos podendo assistir bons espetáculos com dois bons diretores e também atores, poetas, escritores, na verdade multiartistas, a Blanche e o Emanoel, ícones da nossa cultura.
 Tivemos uma grande Mostra dos espetáculos na semana passada e essa semana começa a Mostra Internacional de Teatro da UFGD. Eu que sou apaixonado por essa arte convido a todos para prestigiá-la.
A todos bons espetáculos.
Colaboração do site: http://www.euniverso.com.br/Cult/Arte/aorigemdoteatro.htm
 

Fonte: Folha de Dourados

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