26/09/2016 14h50
Djavan estava fazendo um lanche prosaico quando recebeu um telefonema de seu escritório, com a notícia de que o último álbum, Vidas para contar, está indicado em quatro categorias do Grammy Latino, incluindo álbum e gravação do ano. “Prêmio é sempre uma motivação e uma ratificação do sucesso. A gente trabalha tanto. Para eu fazer um disco, eu canto, toco, crio arranjos, produzo. Requer muita dedicação”, conta ele, também por telefone, ainda suado.
É que o cantor e compositor tinha acabado de correr na esteira. “Hoje em dia ninguém mais fala, é tudo por mensagem. Acho isso um prejuízo para a comunicação. A internet é um advento importante. Mas por causa dela nunca mais recebi cartas dos fãs, que vinham com flores, perfumadas. Espero que as coisas revertam e que a gente volte a manusear discos, fotos, encartes”, diz ele, que afirma não conhecer muito bem Michel Teló, também indicados este ano.
“Cada dia surge um novo sertanejo, uma dupla, a gente não consegue acompanhar. Curti a indicação do Tiago Iorc, temos que louvar os novos e talentosos.” Com isso, Djavan embarca com a mulher,Rafaela Brunini e os filhos Sofia, de 15 anos, e Inácio, de 9, em novembro para Las Vegas, onde será realizada a premiação. “As crianças vibraram, porque lá tem muita coisa legal para elas, mas eu não jogo, né?”
Antes de viajar, o músico sobe ao palco do Metropolitan, no Rio, neste domingo, com o show inspirado no álbum Vidas para contar.”Como as pessoas querem ouvir os clássicos e eu quero mostras as músicas novas, monto um repertório que inclui o público, bem equilibrado”, explica. (Bruno Astuto/Época)