26/08/2016 10h34
O anúncio dos cortes em investimentos no programa de reformas e ampliação de aeroportos regionais em todo o Brasil por parte do governo interino de Michel Temer (PMDB) só não foi um banho de água fria para a aviação civil nos locais que permanecem contemplados pelo programa criado por Dilma Rousseff (PT).
Dourados permanece nessa lista, que de 270 passou para apenas 73. Aliás, a cidade é a única em Mato Grosso do Sul a permanecer nesse processo, que tem previsão de se iniciar no ano que vem, porém, como essa história é antiga, é ver para acreditar algo de novo no Francisco de Matos Pereira.
A obra, conforme relatado pela atual administração municipal, é avaliada em aproximadamente R$ 41 milhões, ampliando o terminal de passageiros, alargamento e alongamento da pista de pouso e decolagem e o aumento do pátio de aeronaves. A ideia é fazer com que mais empresas possam operar na cidade, com ofertas de voos para outros destinos e prestar o atendimento necessário aos moradores de municípios próximos.
Atualmente, o aeroporto local não opera por instrumentos e possui apenas duas frequências diárias para Viracopos (SP), com uma empresa apenas atendendo, muito pouco para uma região com mais de 800 mil habitantes e que na maioria dos casos precisa apelar para uma viagem desgastante até Campo Grande.
Mas, se existe a expectativa para que o tão sonhado novo aeroporto saia do papel, há também o receio de que mais uma vez o programa empaque e se junte a tantos outros fatores já anunciados para o local em nosso município e que até agora não ocorreram, principalmente diante da crise econômica existente no país, mas que já começa a dar sinais de melhora.
A população deve torcer, e muito, para que seja concretizado os investimentos por aqui e assim, se consolidar de vez como um polo regional e prestador de serviço em Mato Grosso do Sul.
Porém, mesmo diante dessa euforia local, os cortes apresentados pelo governo explanam outra situação. Se no passado a ideia era fomentar a oferta de voos domésticos em todo o país, agora, com os cortes do governo federal, as ações permanecerão centralizadas em alguns centros específicos. (Douradosnews)
