15/01/2016 18h00
Por: Folha de Dourados
Um informe apresentado na quinta-feira pela Agência Mundial Antidoping (Wada) informa que Tóquio comprou votos para sediar os Jogos Olímpicos de 2020.
Os indícios de corrupção na eleição que determinou a vitória da cidade japonesa começaram após investigação de outra ação ilegal.
A Wada analisava o ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), Lamine Diack, que teria recebido por fora para encobrir doping de atletas da Rússia.
Durante a investigação em Lamine Diack, os representantes da Wada levantaram indícios de que Diack e outros membros da Iaaf com direito a voto receberam para votar em favor de Tóquio para escolha da Olimpíada.
Segundo relatório, Diack e os outros integrantes da Iaaf fizeram leilão dos votos. Tóquio concorria com a cidade turca de Istambul para a disputa da competição.
Para convencer a Federação Internacional de Atletismo, os japoneses efetuaram depósito de US$ 5 milhões (R$ 20 milhões) para a entidade que o senegalês comandava. Os turcos não aceitaram pagar.
O filho de Lamine Diack, Khalil Diack, ficou com a responsabilidade de receber a propina em nome da Federação Internacional de Atletismo.
“Transcrições de diversas negociações entre representantes turcos e Khalil Diack fazem referência a uma discussão sobre o processo licitatório da cidade de Istambul para os Jogos Olímpicos de 2020”, apresentou o informe da Wada.
“Afirma-se que a Turquia perdeu o apoio de Lamine Diack porque eles não aceitaram pagar propina entre U$S 4 e U$S 5 milhões. De acordo com as transcrições, os japoneses concordaram em pagar a quantia”.
Lamine Diack comandou a Iaaf até agosto do ano passado e foi preso em novembro acusado de corrupção à frente da entidade. ( Uol )