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Gel produzido pela Fiocruz pode revolucionar tratamento da leishmaniose

27/02/2013 15h28

O Sulfato de Paromomicina na apresentação de gel 10% vem sendo estudado em parceria com a UFMG e DNDi.

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) divulgou a formação de um grupo de pesquisadores para acompanhar o processo de desenvolvimento do novo gel que já está sendo considerado ” um medicamento inovador contra a leishmaniose cutânea” .

O novo produto, Sulfato de Paromomicina na apresentação de gel 10%, vem sendo estudado no Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da unidade.

A previsão é de que o fármaco esteja disponível para o paciente atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em quatro anos.

As pesquisas do novo gel de Paromomicina estão sendo realizadas em parceria com o Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz Minas), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e DNDi (sigla em inglês da Iniciativa para Doenças Negligenciadas) e com o Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Insumos para a Saúde (PDTIS/Fiocruz).

A Coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico da Farmanguinhos, Maristela Rezende, diz que o tratamento atual está longe de ser satisfatório.

” Apesar de ser considerado de primeira escolha em todo o mundo, o antimoniato de N-metilglucamina, como todos os antimoniais pentavalentes, é pouco absorvido pelo trato digestivo e a retenção da substância é responsável por efeitos tóxicos.

Em outras palavras, ele não é bem tolerado e produz muitos efeitos colaterais” , observa.

A leishmaniose tegumentar tem duas formas de apresentação clínica: cutânea e mucosa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma das seis mais importantes patologias infecciosas, pelo seu alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades.

Constitui um problema de saúde pública em 88 países, distribuído em quatro continentes (América, Europa, África e Ásia), com registro anual de 1 milhão a 1,5 milhão de casos.

No Brasil, a leishmaniose cutânea é uma das afecções dermatológicas que merece mais atenção, com ampla distribuição em todas as regiões.

Uma das preocupações é com o risco de surgimento posterior da forma mucosa, que pode desfigurar o paciente.

Além disso, existe o impacto psicológico, que produz reflexos no campo social e econômico.

Por: Isaude.net

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