
Da Redação –
Erminio Guedes, gaúcho de São Francisco de Assis (RS), com vasto currículo de atuação na liderança do movimento cultural da tradição gaúcha, na área profissional como professor, consultor em agronegócios e militante na causa ambiental, foi homenageado na noite de ontem (14), pelo vereador Marcelo Mourão.
Com a Câmara Municipal lotada em noite de homenagens, Ermino recebeu a láurea de Homenagem ao Dia do Povo Gaúcho, celebrado em 20 de setembro.
Pessoa comprometida na cultura popular, defende seus intérpretes como quem defende as próprias raízes. Agradeceu a Marcelo Mourão e sua equipe, e lembrou de um dos seus grandes amigos já falecido em Dourados. Compartilhou a emoção com o “irmão de alma, fé e sentimentos” – Claudio Xavier.
Erminio fez questão de lembrar do amigo Xavier, na presença de seus familiares (a viúva Mosa e a filha Claudinha), como um cidadão honrado, homem do campo e do lombo do cavalo, da comunicação no rádio e no jornal, do artista que foi, poeta, declamador, contador de causos, trovador e artesão. Uma figura ímpar das artes, professor e orientador da cidadania cultural, digno de respeito ao espetacular legado que deixou em Dourados.
Foi um momento importante da tradição gaúcha, no palco da Câmara Municipal, como síntese poética transcendente, do tempo de ontem, que não é igual ao presente, mas que se reproduz além do imaginário, nas lembranças do galpão.
Em Dourados, desde 1983, Ermínio apoiou incansavelmente o CTG Querência do Sul, sendo seu presidente em quatro gestões e duas vezes do MTG-MS (Movimento Tradicionalista Gaúcho). Em 2025, lançou o livro “A Revolta da Natureza” e recebeu o título de “Coração Verde” da Câmara Municipal de Dourados.
Sobre a homenagem, Marcelo Mourão disse o seguinte à Folha de Dourados: “Foi um momento de profunda emoção e respeito à tradição gaúcha. Homenagear Ermínio Guedes pelo Dia do Gaúcho é reconhecer uma vida inteira dedicada à preservação da cultura, da música e dos valores do Rio Grande, que também fazem parte da alma douradense. E ouvir dele a lembrança do saudoso Cláudio Xavier, outro ícone dessa tradição, foi como reviver o sentimento de pertencimento e amor à história que ambos ajudaram a construir. Que esse gesto sirva para manter viva a chama do tradicionalismo e para lembrar que valorizar nossas raízes é fortalecer a identidade do nosso povo.”
Cláudio Xavier
O jornalista Cláudio Roberto Xavier Engler, conhecido na cidade como Gaúcho, morreu na tarde de 12 de fevereiro de 2014, aos 59 anos, no Hospital Universitário de Dourados, em decorrência de problemas renais. Deixou esposa e três filhos.
Cláudio Xavier era um dos mais antigos funcionários do jornal Diário MS. Além das atividades como repórter, ele também escrevia crônicas que ilustravam as edições especiais do matutino e editava o caderno semanário ‘Diário do Campo’, com informações sobre o meio rural.
Xavier era um típico historiador, autodidata, professor de dança e radialista, que atuou por muito tempo na Rádio Clube de Dourados com uma programação da cultura gaúcha.
Na administração do então prefeito Humberto Teixeira, Cláudio Xavier foi diretor de cultura, da Funced.
Como jornalista, Xavier gostava de escrever crônicas sobre a cultura do Rio Grande do Sul e também sobre a história de Dourados, terra em que decidiu residir com sua família há várias décadas.
Figura importante na cultura do Rio Grande do Sul, Cláudio Xavier participava constantemente de atividades no CTG Querência do Sul, em Dourados.





